quinta-feira, 3 de julho de 2008

Biocombustíveis... será que compensam?

Actualmente, os biocombustíveis são provavelmente os melhores substitutos dos combustíveis fósseis. Isto porque o carbono libertado pelo gasóleo ou gasolina contribui, cada vez mais, para o aquecimento global. O dióxido de carbono libertado pelos biocombustíveis é proveniente da atmosfera, pois é adquirido pelas plantas através da fotossíntese. Esse CO2 só é libertado mais tarde na combustão, ou seja, é devolvido ao ambiente.

No entanto, esta alternativa apresenta os seus próprios problemas. Há necessidade de terra arável, o que vai agravar os problemas de desflorestação, erosão dos solos e, visto haver uma diminuição da terra disponível, falta de alimentos. Utilizam-se herbicidas, adubos e outros químicos. No caso de bioetanol de milho, produzido na América do Norte, o biocombustível normalmente não produz mais energia do que a que usa. Noutro caso diferente, como o bioetanol da cana-de-açúcar, utilizado no Brasil, o problema é diferente. A colheita da cana-de-açúcar é principalmente feita à mão. E, para além disso, os campos estão repletos de cobras, que tornam bastante perigosa a sua colheita. Por isso, os campos são previamente queimados, libertando metano e óxido de azoto, dois gases bastante nocivos no que diz respeito ao efeito de estufa.

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